Natan Cavalcante e Samara Monteiro, 18 e 19 anos, estudantes de Jornalismo e Direito, respectivamente. Concordamos, discordamos, questionamos e expomos nosso ponto de vista como juventude pensante e participativa na sociedade. Aqui é sempre fim de tarde, num parque onde todos os bancos são nossos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

(I)Legal


Mais uma vez vem à tona a discussão sobre a legalização da maconha, com os velhos e alguns novos argumentos, com seus velhos e (cada vez mais) novos militantes. Particularmente, me posiciono contra a legalização. Sem falsos puritanismos que tanto mascaram nossa sociedade hipócrita, mas de fato creio que a aceitação jurídica da droga pode ter consequencias desastrosas para o nosso país.

Constantemente vemos debates e manifestações populares que clamam pela liberação legal da cannabis sativa, por exemplo a Marcha da Maconha, que é duramente reprimida pelos três poderes, que alegam que no evento há não só o uso da droga (que, ideologias à parte, ainda é ilegal), como a apologia ao consumo, que considero ainda mais perigosa.



Legalizar a droga seria, primeiramente, declarar a falência plena do nosso sistema criminal, que o faria por não conseguir controlar seu tráfico. E mais, imaginar que a descriminalização da maconha irá conter o tráfico e a violência que o rodeia é uma utopia tão ridícula que chega a ser infantil.

Há ainda a questão dos danos físicos causados aos usuários, que têm reflexos fortes para o E$tado, principalmente quanto ao Sistema Único de Saúde. Olha, não vou falar que sou contra por que "maconha faz mal", pois acho que quanto a isso temos a liberdade de escolha. O problema me preocupa ao alcançar o âmbito financeiro do Estado, que teria que arcar com os custos terapêuticos dos novos dependentes, cardiopatas, hipertensos, esquizofrênicos, assim como os que contraíram câncer ou depressão pelo uso prolongado da droga.

Por fim, ainda que a cannabis fosse legalizada, haveria de ter uma lei que regulamentasse seu uso, certo? Como a idade mínima para o consumo. Mas, se nossas políticas públicas não conseguem frear o consumo das drogas já lícitas, como álcool e tabaco, que são facilmente compradas por qualquer criança ou adolescente, mesmo sendo a venda/doação proibidas por lei, legalizar a maconha não seria procurar uma dor de cabeça a mais?



Contra estes argumentos, os adeptos e simpatizantes defendem o uso medicinal, o cultivo caseiro, a liberdade de escolha e as propriedades terapêuticas da maconha. E você, o que acha?


Honestamente, não tenho nada contra a maconha em si, nem contra os ditos maconheiros, inclusive acredito que se o Brasil fosse um país mais seguro quanto às políticas educacionais, segurança pública, sistema de saúde e igualdade social, seria cogitável a legalização, mas infelizmente, não é a nossa realidade.

Enquanto isso, não me sai da cabeça o pensamento que ouvi de um personagem: "Você não imagina quantas crianças entram para o tráfico para que você possa fumar seu baseado... Não se pode reclamar dos altos índices de criminalidade quando é você que financia essa merda."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Não é solidão, não é amor, não é saudade, é um sentimento sem nome e sem definição que mata-me por dentro como o veneno de um ódio insano. Tantos dogmas e tantas dores ressecam um coração como se ele não batesse mais, como se o corpo não fosse mais quente. A alma reflete nos olhos o pesar dos dias e as cicatrizes que tantas mentiras me causaram... Não adianta me dizer que está tudo bem, não está. E é bem provável nunca mais estará. Sábio foi o homem que disse ser a ignorância uma bênção, pois uma vez que os olhos são abertos, torna-se impossível fechá-los novamente e descansar em paz. Meu amor, minha boca será seca enquanto te digo estas palavras, mas acredite, meu coração está ainda mais...